CARÁTER TEM PREÇO?


Caráter!!! Que expressão é esta? O que expressa? Pode ser valorado? Se puder ser valorado, qual seu preço?

Cotidianamente nos utilizamos de certas expressões durante nosso convívio social/laboral, as quais por vezes se questionados a respeito de algumas delas encontraremos as mais diversas respostas para uma mesma expressão. Objetivando solucionarmos a questão de forma tal que não possa restar dúvida, nos utilizaremos de norma técnica pertinente, qual seja, a Hermenêutica, sendo esta um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação, ou a teoria e treino de interpretação. Visando verticalizar nosso conhecimento faz-se necessário também entendermos o significado da expressão caráter, ao menos, em um de seus sentidos, qual seja aquele que faz com que os entes ou objetos se distingam entre os outros da sua espécie.
Para que possamos saber se a expressão pode ser valorada, também far-se-ia necessário elegermos um meio para fins de análise, e para tanto teríamos um meio excelente de estudo, mas visando não gerar constrangimentos, é salutar não mencionar, apesar de ser público e notório que o valor do caráter de muitos em certos meios, se resume apenas e tão somente na manutenção de seu “status quo”.

Nossa Constituição Federal/88, em “caput” de seu artigo 37, versa sobre aspectos que devem estar contidos nos atos administrativos, mas não foi expressa em relação a aspectos de ordem moral que deveriam estar contido nos servidores que praticam tais atos, em especial no que diz respeito ao caráter. Leis ordinárias não resolvem o problema, vez que tratam apenas de eventuais antecedentes criminais. 

Em relação ao conhecimento coloquial já ouvi dizer que cada ser humano tem seu preço, e também ouvi dizer que o preço de cada um está voltado ao ser ou não detentor de caráter. Neste sentido, seja qual for o meio social/laboral, existem raríssimos profissionais que não tem preço, em detrimento de uma maioria que têm e sempre terá um preço muito baixo, e acreditem se quiser, chegando ao extremo de ser apenas a manutenção de seu “status quo”, conforme acima já afirmado, não importando as conseqüências para demais eventuais dependentes, por mais absurdas, constrangedoras, ilegais e ou imorais que possam ser.

Uma das formas de tentarmos fazer com que somente pessoas verdadeiramente qualificadas ocupem funções de direção e ou gerenciamento da coisa pública é não permitir que seja colocado preço em nosso voto, pois neste sentido significa que estaríamos votando em alguém descompromissado com falsas ideologias e ou desconectado de pactuações que até Deus duvidaria.

MENSAGEM A GARCIA:

Ainda estou aguardando posicionamento e ou manifestação de pessoas políticas, direta e ou indiretamente, envolvidas com nosso dia a dia, no sentido de demonstrarem que são profissionais de caráter inabalável. Espero, assim como os integrantes de nossa Corporação também esperam, que tenhamos o que esperar. Já esperamos tanto. O crédito foi concedido. Saiba usá-lo.

O meio social/laboral ideal formado somente por profissionais de caráter que não têm preço, entendo ser muito difícil, pois não vincular funções de Direção e ou Gerenciamento a compromissos políticos/partidários, por vezes também ideológicos, seria uma clara demonstração de total imaturidade política, chegando ao extremo da demente alienação cultural.

Com fundamento no todo supra e acima exposto, finalizo deixando o seguinte questionamento: 

“QUAL O SEU PREÇO?”.
São Lourenço, 03 de dezembro de 2015.

GILBERTO CARNEIRO DE ALMEIDA.

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