Região de Campinas terá gabinete para discutir segurança com estado



O Gamesp vai estudar soluções para a violência na região de Campinas. 
Secretário estadual Grella Vieira esteve na cidade nesta quarta-feira. 


Campinas e outros 18 municípios da região oficializaram nesta quarta-feira (27) um convênio com a Secretaria Estadual da Segurança Pública (SSP) para a formação do Gabinete Metropolitano de Gestão Estratégica da Região Metropolinana de Campinas (Gamesp). A ideia é que esses município se reúnam em uma comissão para discutir ações conjuntas contra a violência na região metropolitana.
O secretário estadual da Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, disse durante o anúncio na Prefeitura de Campinas que o modelo é único entre as regiões metropolitanas do estado. De acordo com ele, a comissão deverá funcionar como um fórum para que as administrações municipais e as polícias façam diagnósticos e apontem soluções para diminuir a criminalidade. "Não é possível construir soluções sem dialogar. A principal intenção desse gabinete é desenvolver um diálogo para que as soluções sejam encontradas", disse o secretário.
O projeto havia sido pedido pelo prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), há cerca de um mês e agora foi formalizada junto às prefeituras para ser expandido para a RMC. "Primeiro nós pensamos em criar uma comissão apenas para Campinas, mas depois percebemos que o problema é da região e todas as cidades tem que participar dessas discussões", disse  Edmur Mesquita, secretário estadual de Desenvolvimento Metropolitano, que também esteve presente na reunião desta manhã.
O Gamesp Campinas terá como secretaria executiva a Agência Metropolitana de Campinas (Agemcamp), que pertence à Secretaria Estadual de Desenvolvimento Metropolitano, e que será uma das sedes das reuniões do Gamesp. "A principio, as reuniões serão na Agemcamp, mas outros lugares também podem ser escolhidos e as os encontros poderão ser feitos não só bimestralmente, como também em um espaço de tempo mais curto, depende da necessidade", disse Grella.
Possíveis soluções
Os secretários estaduais de Desenvolvimento Metropolitano e de Segurança Pública não quiseram dar detalhes sobre quais soluções e quais diagnósticos serão discutidos nessa comissão, mas deram alguns exemplos de ações que podem ser feitas após a criação do Gamesp. "Podem ser sugeridos monitoramentos por vídeo, também uma maior presença da Guarda Municipal em ações junto com a polícia e também o estudo dos lugares com maior criminalidade", disse o secretário de Segurança Pública.

Quadrilha invade polo de tecnologia, explode caixas
e 'abandona' R$ 26 mil (Foto: VC no G1)

Caixas eletrônicos
Os ataques a caixas eletrônicos com uso de explosivos se tornaram frequente desde 2011, quando foram registrados 81 casos. Já no ano passado foram 61 ataques. No balanço até esta quarta-feira (27), foram 17 explosões de equipamentos. Com receio da ação dos suspeitos, algumas agências, como no Parque Anchieta, decidiram tirar o dinheiro dos caixas eletrônicos, que passaram a ficar disponível para consulta e depósito.

Segundo o secretário, a polícia está desenvolvendo um trabalho com o apoio do Exército. "O serviço de inteligência do Exército, que é esta unidade que faz o controle do uso de explosivos.  está atuando junto conosco. Há algumas quadrilhas já foram identificadas, as investigações já estão em estágio mais avançado", disse.
Inteligência e Gate
O secretário de Segurança de Campinas, Luis Augusto de Baggio, que também esteve presente na reunião, afirmou que pediu para a Secretaria de Segurança Pública (SSP) a reativação do Programa de Inteligência da Polícia (Infocrim), que está desativado para a Guarda Municipal desde 2011, e o pedido já foi aceito. "Em pouco tempo o Infocrim deve estar ativado novamente", disse Baggio.

Sobre a base do Gate, que também foi pedida ao estado pelo município, Baggio afirmou que ainda aguarda uma análise da SSP para a viabilidade do projeto. "Não avançamos nada ainda sobre o Gate, mas estamos aguardando".


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